segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Recordar é viver
Saudade de quando ia a Sampa e ganhava uns quilinhos no Bambi. Qual era meu pedido? Beirute e Chocolamour, claro! Hoje acordei com uma vontade maluca dessa dupla!
O beirute nada mais é que um sanduíche de pão árabe, queijo mussarela coberto por zatar, rosbife e tomate. Nada de presunto, ovo, alface e maionese.
O beirute foi criado em São Paulo no ano de 1951 pelo imigrante libanês Fares Sader. Ele era sócio do restaurante Bambi, na Alameda Santos, entre as ruas Cubatão e Rafael de Barros. Ele quis homenagear o Líbano. Por isso, usou pão árabe. No Líbano, os pais de Fares vendiam chocolates e doces sírios. Quando faleceram, na época da Segunda Guerra Mundial, o filho deixou o país de navio. Morou na Venezuela e depois no Uruguai até desembarcar no Brasil em 1947.
Em São Paulo, ele procurou alguns de seus parentes: o irmão Louis, que tinha vindo diretamente para o Brasil, e Sabina Sader, também da família e mãe de Nazima. Esta logo se tornou namorada do recém-chegado, com quem casou em 1955 e teve três filhos: Mônica, Marina e Maurício.
Louis abriu o Bambi em 1951. Fares entrou como sócio pouco tempo depois. Em seguida, criou o célebre sanduíche e a sobremesa chocolamour, que não tinha esse nome.Fares tinha senso de marketing. Afirmou que trouxera o doce de Beirute, sua cidade natal. Deu-lhe nome exótico: choc-mou-mud. Choc saiu de chocolate; mou, em francês, significa mole; mud, em inglês, é lama. Mas os garçons não conseguiam pronunciar o nome, nem a maioria da clientela. Choc-mou-mud virou chocolamour. Também cercou a sobremesa de mistério. Disse ser secreta a receita da farofa usada para cobrir a base de sorvete e impedir que a calda quente de chocolate a derretesse. Ninguém, exceto ele e ajudantes diretos, teria acesso à receita. Segundo o dono do novo Bambi, que é filho de Louis Sader e, portanto, sobrinho de Fares, o mistério se desfez quando um funcionário do antigo Bambi foi trabalhar no restaurante libanês Farabbud, da Al. dos Anapurus, 1.253, em Moema, e levou a receita. Os pâtissiers que não tiveram acesso a ela, porém, acreditam que a farofa leve açúcar, farinha de caju, castanha de caju pilada grossa, leite em pó integral e, o "pulo do gato": extrato de malte seco, do tipo encontrado no Ovomaltine tradicional.
Ficou com vontade?! Que tal correr pra cozinha e preparar um beirute?!
Beirute de Rosbife
Ingredientes:
10 fatias de rosbife
2 fatias de queijo prato
2 rodelas de tomate
2 colheres (sopa) de maionese
2 folhas de alface-americana
1 pão sírio
Azeite de oliva a gosto
Sal e pimenta-do-reino moída a gosto
10 fatias de rosbife
2 fatias de queijo prato
2 rodelas de tomate
2 colheres (sopa) de maionese
2 folhas de alface-americana
1 pão sírio
Azeite de oliva a gosto
Sal e pimenta-do-reino moída a gosto
Modo de preparo:
Preaqueça o forno a 200ºC (temperatura média). Numa assadeira pequena, abra o pão sírio ao meio. Reserve a tampa do pão. Distribua as fatias de rosbife sobre a parte interna da base do pão e cubra com o queijo prato.
Leve ao forno preaquecido por 10 minutos ou até que o queijo derreta. Retire do forno. Com uma faca, espalhe a maionese na parte interna da tampa do pão. Reserve. Cubra o queijo com as folhas de alface e as fatias de tomate. Tempere com sal, pimenta-do-reino moída e azeite a gosto.
Cubra o recheio com a tampa reservada do pão, corte ao meio e sirva em seguida.
Leve ao forno preaquecido por 10 minutos ou até que o queijo derreta. Retire do forno. Com uma faca, espalhe a maionese na parte interna da tampa do pão. Reserve. Cubra o queijo com as folhas de alface e as fatias de tomate. Tempere com sal, pimenta-do-reino moída e azeite a gosto.
Cubra o recheio com a tampa reservada do pão, corte ao meio e sirva em seguida.
Marcadores: Lugares, Na cozinha

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