quarta-feira, 23 de maio de 2012
Desconstrução na cozinha
Desconstrução não significa destruição,mas sim desmontagem, decomposição dos elementos.A noção de desconstrução surge pela primeira vez na introdução à tradução de 1962 da "Origem da Geometria" de E. Husserl. De acordo com Husserl a desconstrução serve nomeadamente para descobrir partes do texto que estão dissimuladas e que interditam certas condutas.
Se tranportarmos tal conceito para a gastronomia, entenderemos uma das tendências atuais neste meio. Pratos estão sendo desconstrídos, deixando em evidência cada um de seus ingredientes. Não quero falar aqui da "Desconstrução que é a base da reconstrução sem que haja destruição", de Ferran Adrià (gastronomia molecular), mas da releitura de pratos de nossa cozinha tradicional. Da arte de mantendo o sabor da receita original, apresentá-la com novas texturas e roupagem. Da arte de inovar na apresentação, transformando por exemplo uma feijoada, numa comidinha finger food super charmosa.
As fotos abaixo mostram bem a desconstrução à qual me refiro.Pratos da gastronomia brasileira apresentados de maneira totalmente linda, show de bola. Como você está acostumado a comer uma feijoada?! Já imaginou comer um frango com quiabo à palito?! E prá você canudinho é aquele docinho de festa da década de 60, recheado com doce de leite?! Um baião de dois é servido num prato ou num varal?! Cuidado que você pode se surpreender!
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À frente, frango com quiabo, tendo em seguida feijoadinhas finger food.Criações dos meus queridos Daniel Lieb, Gustavo Sana e Aldemir Borges |
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Vista mais próxima das feijoadas finger food |
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Canudinho de carne seca, requeijão de raspa e couve crocante com pure de moranga by Daniel Lieb
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Cone de Baião no Varal da Botica do Quintana |
Marcadores: Gastronomia

1 Comentários:
Lindo trabalho!
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