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sábado, 30 de abril de 2011
Jamon ou Pata Negra







Quem nunca ouviu falar do presunto Pata Negra? O presunto, suave, adocicado, é extraído de uma raça de porcos ibéricos criados livres no pasto, comendo bolotas – frutos de casca dura parecidos com castanhas. Eles caem dos azinheiros (as mesmas árvores das quais se extrai a cortiça). O porco é um espécie diferenciada de cerdo de pêlo eriçado e pés pretos, conhecido mundialmente como pata negra.


Da criação dos porcos, passando por abate, tempero, tempo de cura e modo de servir, tudo é rígido e tradicional. Quase um ritual. O presunto cru é feito do pernil traseiro do porco, salgado e curado de forma natural e esse processo dura de 28 a trinta meses após o abate. Nesse tempo, a carne ganha sabor, textura e aroma. As fibras finas e de um vermelho rosado são entremeadas pelo branco da gordura. O sabor é amendoado e apenas levemente salgado.

A produção dos curados ibéricos é artesanal. Receitas que antigamente tinham o intuito de salgar as carnes para conservá-las para os dias difíceis de inverno, passaram de pai pra filho. Hoje, mesmo com a modernização de algumas etapas da fabricação – como o uso de câmaras de temperatura controlada para a cura – a diferença deste para outros produtos de origem suína começa na criação dos porcos ibéricos.

Além da garantia de pureza da raça, o gado tem de ser criado solto e se alimentar à base de Bellota (bolota). Uma espécie de castanha similar à avelã.

O vinho ideal para acompanhar o jamón e outros embutidos ibéricos (chorizo, fuet, lombo) é o jerez. Um vinho fortificado típico da Andaluzia, tradicionalmente servido com presuntos na Espanha devido ao seu sabor pungente e marcante. A harmonização, nesse caso, é por similaridade e mais ainda por regionalidade, já que a vegetação, o clima e o solo espanhol são marcantes na produção das carnes, bem como o terroir para o vinho. Combina perfeitamente com a gordura do presunto, devido ao sabor penetrante e certa picância que ajudam a aguçar o paladar. Deve ser servido bem gelado e fresco.
Para captar a verdadeira essência do Jamón Pata Negra, ele deve ser consumido puro, na temperatura ambiente. Isso permite identificar com mais clareza o sabor amendoado, misto de salgado e doce e a textura macia. Quando se corta a peça em temperatura ambiente a gordura começa a derreter deixando um brilho na carne. Essa gordura, proveniente dos óleos das amêndoas, é do tipo presente nos azeites extravirgens, que, com moderação, não obstrui as artérias.



O jeito certo de cortar a peça é na transversal na direção paralela ao osso. O objetivo é respeitar a posição da fibra da carne e não adulterar a textura. Na máquina de frios, por exemplo, isso se perde.Para os espanhóis mais puristas o corte errado altera inclusive o sabor da carne.

O corte do jamón é um verdadeiro ritual de arte. Deve ser feito manualmente, com o auxílio de uma faca extremamente afiada e as fatias devem ser as mais finas possíveis.

A arte de cortar jamones está para a Espanha, assim como um chef está para a alta gastronomia ou um sommelier de alto nível está para os vinhos. O ‘Maestro Jamonero’ é tido com um artista. Florencio Sanchidrián foi eleito por uma revista gourmet espanhola como o mais extraordinário cortador de jamones da Espanha. Entre as pessoas por ele atendidas estão o falecido Papa João Paulo II, o Rei Juan Carlos, dentre outros chefes de estado e celebridades. Florencio é conhecido por ser o melhor maestro jamonero do mundo, um excelente gourmet e um amante das boas coisas da vida.







O jamón ibérico deve ser servido em um ‘jamonero’, uma base onde a pata possa ser apoiada sobre um balcão. Nas regiões produtoras, quase todas as casas e restaurantes possuem um ‘jamonero’ para o deleite de seus visitantes e clientes.

O pata negra dispensa temperos. No máximo, pão de centeio esfregado em tomate para acompanhar, como fazem na Catalunha. Os puristas espanhóis sentiriam calafrios só de ouvir falar em cozinhar um pata negra, mas os ossos são muito usados para fazer caldos que enriquecem alguns tipos de arroz, sopas e ensopados.


Enquanto o presunto italiano (Prosciutto di Parma) e outros presuntos são comumente conhecidos fora de seus países de origem, o jamón ibérico é uma delicatessen exclusiva e de valor elevado, que até muito recentemente era mantido como um segredo, privilégio apenas dos países ibéricos.


O jamón ibérico de bellota é certificado por lei pela União Europeia, com regras de Denominação de Origem Protegida (DOP). Isso significa que toda a cadeia produtiva, desde a criação dos animais à maturação da carne, passa por fiscalização técnica que garante que cada produto saia sempre com o mesmo padrão de qualidade. Um quilo de pata negra chega a custar 350 reais, sendo que a peça (um pernil de oito quilos) pode valer até 5 000 reais no Brasil. A produção limitada, por causa da criação restrita de suínos dessa raça, contribui para que o produto seja ainda mais valioso.


Os jamones de melhor qualidade e que possuem o certificado de Denominación de Origen são produzidos, em particular, nas cidades de Guijuelo (na província de Salamanca) e Jabugo (na província de Huelva), sendo que esta última localidade é praticamente 100% dedicada à produção de jamón ibérico.


Os jamones são embalados com rótulos que indicam o tipo de dieta dos porcos e podem ser classificados, basicamente, em três tipos:



- Jamón Ibérico de Bellota, o melhor e mais cobiçado jamón ibérico. Extraído de porcos que vivem soltos, vagando por bosques de carvalho (chamados ‘la dehesa’), na região de fronteira entre Portugal e Espanha. Sua dieta é limitada apenas às bolotas no período que antecede seu abate e seu jamón é curado por cerca de 36 meses.


- Jamón Ibérico de Recebo, o jamón considerado como um grau inferior ao Bellota. Neste caso, os porcos são pastoreados e sua alimentação inclui, além das bolotas de carvalho, alguns grãos e cereais. O jamón é curado por 24 meses.

- Jamón Ibérico de Cebo, o terceiro e mais popular tipo, também conhecido apenas por jamón ibérico. Aqui, os porcos não se alimentam de bolotas; a dieta é feita apenas com cereais e grãos e o jamón é maturado por 24 meses.

Além do tipo de dieta e tempo de maturação, a denominação ‘puro’, se referindo à raça, também pode ser adicionada às qualidades acima expostas e significa dizer que tanto o pai quanto a mãe do animal abatido são de raça pura, 100% ibéricos, devidamente registrados nos livros genealógicos dos criadores oficiais. Isso faz com que a qualidade do jamón e seu valor sejam ainda mais considerados.


O termo ‘Pata Negra’ também pode ser usado ao se referir ao jamón ibérico de uma forma geral, podendo ser aplicado a qualquer um dos tipos de jamón. ‘Pata Negra’ é uma referência à cor das unhas dos porcos, que normalmente são brancas (ou claras) nos porcos tradicionais, mas que são escuras nos porcos negros ibéricos.































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2 Comentários:

Anonymous Destemperados disse...

Nossa, um jamón é sempre bom! :)

O blog está muito legal! Parabéns!

3 de maio de 2011 às 17:55  
Blogger Katia Crivellari disse...

Uma visita dos Destemperados é motivo de honra pra mim!Voltem sempre e obrigada pelo elogio.

8 de maio de 2011 às 08:14  

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